Introdução ao pensamento banal

segunda-feira, outubro 09, 2006

Manifestações a favor dos professores

Os dados referentes ás qualificações dos portugueses não podem deixar de preocupar quem quer que se preocupe minimamente com o futuro do nosso país.
Concerteza que as razões dessa falta de qualificações são diversas, desde programas escolares desadequados, falta de qualificações de alguns professores, até á desmotivação de alguns professores e alunos, sem esquecer a falta de empenho e competência de alguns professores.
Não se pode é ficar á espera que as reformas se façam apenas alterando uma das variáveis.
No essencial concordo com a proposta de alteração do estatuto da carreira docente. Passado o periodo de resistência á mudança, acredito que os bons professores se sentiram verdadeiramente reconhecidos, coisa que não acontece neste momento.
Tenho visto alguma contestação ao facto de haver quotas para os excelentes, e não compreendo como é que com tantos professores excelentes podemos ter alunos tão mal preparados.
Daqueles (professores?) que se têm manifestado quantos tem orgulho das notas e dos conhecimentos dos seus alunos. Receio que não sejam assim tantos.

sábado, maio 06, 2006

Funchal Centrum

Num estado de direito, em que todos têm os mesmos direitos e deveres, não pode haver uns que sejam filhos e outros que sejam enteados.
Considero que muita da responsabilidade deve ser transferida do estado para os individuos, isto é, o estado deve permitir uma maior liberdade aos individuos e por outro lado, sempre que as leis sejam violadas as penalizações deveram ser mais severas.
Dito isto, se o empreendimento do Funchal Centrum viola o PDM deverão ser tomadas as medidas necessárias para que este seja respeitado e provando-se que houve intenção na violação do PDM os responsáveis da CMF e os promotores do empreendimente terão de ser duramente responsabilizados.
Que justiça existe se o PDM tem de ser cumprido por uns e não por outros de acordo com interesses mais que claros de quem aprovou e de quem quis ver aprovado o empreendimento.

segunda-feira, novembro 07, 2005

Incendiários franceses

Não consigo deixar de associar os atentados incendiários que se estão a verificar em diversos pontos do território francês com os diversos incêncios ocorridos há alguns meses, em prédios habitados quase exclusivamete por imigrantes magrebinos e africanos. Na altura ficou a suspeita de ataques da extrema direita.
Será que os ataques de uns extremistas contra os imigrantes poderiam desencadear ataques destes imigrantes contra todos?

quarta-feira, novembro 02, 2005

Poderes presidenciais

Em vez de ver discutido se Sr. A é ou não político profissional, preferiria ver discutidos os poderes presidenciais.
Há quem ache, incluindo eu próprio, que os poderes presidenciais são insuficientes.
Não sou defensor dum regime presidencialista, antes pelo contrário.
Defendo que quem deve governar é o governo com o apoio de uma maioria na Assembleia da Republica.
No entanto, todas as entidades reguladoras, da saúde á concorência, deveriam estar sob a alçada do Presidente da Republica. Evitar-se-ia, deste modo, que qualquer governo tentasse controlar estas entidades, essenciais para o bom funcionamento de uma sociedade livre.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Regionalização da RTP-M

O Dr. Jardim tem acusado o Dr. Jacinto Serrão de não ser autonomista por ter feito todos os esforços para abortar o modelo de regionalização da televisão pública para a Madeira. Alega o Dr. Jardim que o povo da Madeira elege um Governo e que esse governo, como representante do povo, deveria poder escolher a direcção e os parceiros para a RTP-M.
O Dr. Jardim "esquece-se" de referir que isso não estava no seu programa de governo, por isso não tem o mandato do povo da Madeira para tal.
E se o Presidente do GR presa tanto o mandato imanado do povo, porque não fazer a aprovação da direcção da RTP-M regionalizada depender de pelo menos 2/3 da Assembleia da Madeira? Deste modo estariam salvaguardados os interesses de muito mais madeirenses, ou não?

Venda de armas

O NÂO á proibição de vendas de armas de fogo no Brasil ganhou, isto é, a venda de armas permanecerá livre. Ficou o Brasil a perder.
Nestes últimos anos em que houve restrições á venda de armas (enquanto não se realizava o referendo) o nº de assassinatos com armas de fogo baixou cerca de 40%. Estes sináis não foram suficientes para convencer os Brasileiros.
Não duvido que as pessoas que votaram NÂO têm medo de não se poderem proteger de possíveis bandidos armados.
Esqueceram-se foi que a maior parte das armas de fogo são roubadas precisamente na casa dessas pessoas que se querem proteger. Assim, os bandidos terão sempre armas disponíveis. E é pena.

quarta-feira, outubro 19, 2005

Falta de honestidade do DN-M

A propósito do OE 2006, vem no DN-M de hoje que «Madeira Perde 13 (milhões) / Açores ganha 24» quando o que se pretende dizer é que o que está previsto em PIDDAC 2006 para os Açores é de 24 milhões de euros. A Madeira perde 13 milhões de euros comparativamente ao PIDDAC de 2005. No entanto a perda dos Açores é superior (16 milhões de euros).
Por isso a noticia deveria ser "Madeira Perde 13, Açores perde 16". Mas isto não seria noticia, pois não!?

P.S. - Ressalvo que não estou de acordo com esta redução do investimento do Estado Central nas Regiões Autónomas.

sexta-feira, outubro 14, 2005

Circulo unico

O acordo entre o PS e o PSD para a nova lei eleitoral para a Madeira prevê a existência de um circulo unico de 47 deputados.
Esta solução resolve o problema da proporcionalidade e da sub-representação dos partidos mais pequenos e faz baixar o nº de deputados para um número aceitável (de 68 para 47). No entanto este sistema torna o sistema politico mais opaco, uma vez que os eleitores tipicamente conhecem os primeiros elementos das listas, e se antes existia uma lista por cada concelho, agora passará a existir apenas uma lista. Numa situação de compromisso a solução nunca é a ideal para todas as partes.
Entendo que a solução de circulos uninominais mais um circulo de correcção de proporcionalidade continua a ser a mais adequada, mas enfim...